Desafio do setor sucroenergético é diminuir custos e aumentar eficiência, diz Jank em aula na Unicei

Para crescer de forma orgânica e sustentável, em condições de atender à forte demanda que já é realidade, o setor sucroenergético brasileiro precisa focar em duas metas: maiores ganhos de eficiência e redução de custos. Foi este o recado do presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank, a uma platéia de alunos da Universidade Corporativa do Setor Sucroenergético (Uniceise), na última quinta-feira (12/05), na cidade de Sertãozinho (SP).

“Temos o desafio de praticamente dobrar a moagem de cana até 2020, dos atuais 650 milhões de toneladas para algo em torno de 1,3 bilhão de toneladas. E isto só será possível com ganhos de eficiência em toda a cadeia produtiva. Refiro-me a um aumento de produtividade e redução de custos,” disse o executivo durante aula inaugural da Universidade, dentro do tema “Dinâmica e Perspectivas do Setor Sucroenergético Brasileiro.”
Jank enfatizou o papel dos estudantes da Uniceise - cerca de 120 alunos que farão cursos de aperfeiçoamento em gestão e tecnologia voltadas para o setor sucroenergético -, que terão a responsabilidade de aprimorar seus conhecimentos. “Quando falamos em aumentar a produtividade da cana, a referência é aperfeiçoar o transporte, a eficiência das usinas de etanol, açúcar e bioeletricidade até a chegada dos produtos aos portos,” explicou.


Durante a apresentação, o executivo afirmou que até 2008 a indústria crescia com um ritmo adequado, mas em seguida foi atingida pela crise financeira internacional. De 2000 a 2008, a produção de cana-de-açúcar cresceu 10,3% ao ano, puxada pelo forte crescimento das vendas de veículos flex. A partir daí, um terço do setor entrou em dificuldades e passou por forte reestruturação financeira ou societária, disse Jank.

“Particularmente no estágio em que nos encontramos hoje, em um setor como o nosso cujos produtos são em sua essência commodities, não há outra saída a não ser brigar por redução de custos e melhoria de produtividade,” concluiu Jank (Unica, 17/5/11)